5 Maneiras de economizar em uma obra

“Construir é muito caro”, “Não vou reformar, está tudo muito caro” e “A crise está forte” são frases que atualmente tem sido muito ouvidas por arquitetos ou engenheiros quando seus clientes desistem de uma construção ou uma reforma. Porém com um bom planejamento e algumas dicas, isso pode ser facilmente contornável para que a questão financeira não seja mais um problema. A ENGETOP traz para você, através desse artigo, cinco maneiras de economizar em uma obra, que devem estar atrelados no planejamento de uma reforma ou construção.

1) Bom orçamento e quantitativo

“Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado exercício.” Apesar de orçamento, pela definição, aparentar algo simples ele na realidade não é. Para a elaboração de um bom orçamento é necessário ter um bom conhecimento do quanto o cliente está disposto a gastar, conhecer bem o projeto, e tentar ser bem fidedigno ao valor de um determinado material.

Orçamento e quantitativo de forma geral é um projeto em que, através de um projeto arquitetônico, faz todo um levantamento da quantidade de material – quantitativo – que será necessário para a obra, como piso, janelas, argamassa, tubulações, fios e etc. Com esses dados se elabora a parte orçamentária da obra em que pega a quantidade e multiplica pelo valor do preço daquela determinado produto. E por fim uni os dois em um, formando de fato um projeto de Orçamento e Quantitativo.

Um dos maiores problemas de uma obra é quando o quantitativo e orçamento são deixados de lado ou feitos sem prezar pela sua qualidade, pois ter um documento em que diz o quanto será gasto e qual a quantidade necessária a se comprar é fundamental para evitar sustos no meio da obra e desperdícios no final. Sem dúvidas eles são a peça chave para se economizar em uma obra, seja ela qual for, reforma ou construção.

2) Ter projeto em mãos

Em uma obra é necessário ter um guia em mãos, saber para onde caminhar. Essa analogia se faz presente em um bom projeto, essa é a sua função básica, guiar uma obra. De nada adianta ter um bom especialista, uma boa mão-de-obra qualificada e um bom orçamento sem, de fato, ter um bom projeto.

As vantagens de um projeto são muitas para ambas as partes: cliente e empresa. Para a empresa nada melhor do que um cliente satisfeito com que foi alinhado saindo do papel, já para o cliente um bom projeto traz confiança, facilidades para uma reforma futura e até mesmo trazer menos custos para a obra, já que é muito mais fácil mudar uma parede no projeto do que depois de construída.

3) Evitar desperdícios

5% costuma ser a média de desperdício que uma obra costuma ter, parece ser pouco, mas em tempos de crise ou com orçamento curto acaba pesando muito. Além de um bom orçamento e quantitativo é necessário pensar em alguns outros pontos com o intuito de se evitar desperdícios, para isso elaboramos duas listas que devem se atentar em uma obra, uma lista voltada para a gestão e outra para os materiais:

GESTÃO:

• Armazenamento e transporte de materiais:

O material tem que ser bem armazenado para não perde-lo. Na hora de guardar, certifique-se de que esse procedimento seja realizado da forma correta, por exemplo se o cimento for deixado a céu aberto pode estragar com a chuva. Tijolos e telhas devem ser guardados em pilhas, além disso, precisam estar protegidos tanto da ação da chuva quanto do sol forte.

A areia para preparar a argamassa (cimento, areia e água) geralmente é transportada em carrinhos ou latas. Se o monte de areia estiver perto do local onde for preparada a argamassa, evita-se perda no caminho. Um material mais delicado deve ser transportado em carrinho de mão também, para que eles não quebrem.

• Manter a ideia inicial:

Esse ponto é de extrema importância e ratifica a ideia de se ter um projeto e um bom arquiteto e engenheiro na obra. Colocar uma parede a mais, sala virar quarto, demolir uma parede são coisas que se não tiverem bem planejadas em um projeto e em um orçamento podem gerar muita dor de cabeça, seja financeiramente ou esteticamente. Por isso é muito importante que o projeto seja muito bem pensando levantando todas as opções para que durante a obra se mude o mínimo.

MATERIAL:

• Comprar somente o necessário:

Não compre tudo de uma vez, o ideal é adquirir o material aos poucos, de acordo com o que for necessário durante a obra. Desse jeito, eventuais mudanças pontuais no projeto – bastante comuns na construção – não vão gerar desperdício, ou ao menos reduzi-los. Outro fator importante é que ao armazenar em grande quantidade, o material ainda pode ser danificado, por exemplo, materiais frágeis como azulejos e cerâmicas devem ser comprados mais próximo da data que vão ser usados, já que possuem alto risco de quebra.

• Material de boa qualidade:

Escolher o material adequado para o seu tipo de obra e uso é muito importante. Você pode fazer o telhado ruir se usar uma madeira de baixa qualidade. Fique de olho na qualidade. Nem sempre o material mais barato deixa a obra – como um todo – mais barata. Prefira os materiais certificados.

• Reaproveite:

Saber reaproveitar material e móveis é um jeito inteligente de evitar desperdícios, revestir um bom móvel pode ser mais interessante do que comprar outro, reutilizar uma porta de vidro para ser transformada em uma janela, entre outros. Com relação ao material da obra, em vez de jogar fora todos os resíduos, separe o material que pode ser reciclado ou reutilizado. Cuide para que sejam depositados na mesma lata e não sejam confundidos com o entulho.

4) Mão de obra qualificada

O que mais pode gerar dor de cabeça durante uma obra é a má escolha de uma mão de obra (pedreiro, marceneiro, pintor…). Caso a escolha seja ruim poderá acarretar em gastos excessivos por diversos fatores como: desleixo com o material comprado, entregas muito fora do prazo, desentendimento com o administrador da obra entre outros problemas.

Para se evitar isto existem, normalmente, dois caminhos a serem seguidos. A contratação com base na indicação ou por conta própria, através de pesquisas com empresas da área. Sem dúvidas o primeiro caminho é o melhor, pois você terá um feedback fidedigno sobre o trabalho do contratado. Porém caso você opte pela segunda opção, recomenda-se seguir duas regras básicas: conferir as referências (tentar visitar as obras realizadas é até melhor) e entrevistá-lo antes de contratar.

Para prevenir problemas com entregas fora do prazo – lembrando que isso irá resultar no aumento dos custos da obra – negocie antes com aqueles que irão executa-la. O ideal é que o pagamento seja condicionado com cumprimento de determinadas etapas e prazos.

5) Contratar um engenheiro ou arquiteto

Antes de começar qualquer obra é importante ter em mente a necessidade de se ter um profissional competente para executar, administrar, ou mais que isso, planejar a obra. A princípio pode se parecer um custo a mais, desnecessário, mas para que os outros quesitos acima sejam cumpridos com excelência precisa sim de um bom profissional para fazer esse planejamento.

“80% dos brasileiros fazem obra sem arquiteto ou engenheiro”, realmente um número grande, daí você se pergunta: “Todas as casas que já visitei esteticamente são bonitas”, mas sempre reflita: Será que aquela casa não ficou mais cara do que ela realmente é? Será que a estética não acabou mascarando o funcional da casa, no caso, uma arrumação melhor dos objetos? Será que aquela parede torta, era para ser torta? Não se iluda com a estética, o engenheiro e o arquiteto estão presentes na sociedade para solucionar os problemas de uma obra da melhor forma possível, para que assim todos saiam satisfeitos.

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